De acordo com a pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, do Instituto Pró-Livro, os brasileiros entrevistados têm uma média de leitura de quase 3 livros inteiros por ano.
No comparativo entre as duas últimas pesquisas (2019 e 2015), 52% dos brasileiros se consideram leitores em 2019, no entanto, esse percentual era de 56% em 2015.
Nas definições de “leitor” do instituto, compreende-se como aquele tipo de pessoa que leu, pelo menos, um livro nos últimos três meses, seja inteiro, seja em partes somente.
Tendo em vista que há menos pessoas que se consideram leitoras de fato, o que podemos fazer para mudar esse cenário? Acompanhe a leitura e confira!
De uma maneira geral, por que é importante ler?
Da mesma forma que as pessoas vão à academia para exercitar os músculos, a leitura ajuda a exercitar o cérebro e contribui com o enriquecimento da memória.
É possível adquirir maior foco e concentração, de modo que tenha a competência de exercer um pensamento analítico, a fim de estimular reflexões sobre diversos temas.
É a oportunidade que temos para conhecermos outras culturas e, com isso, aumentarmos o nosso portfólio de argumentações e linhas de raciocínio.
Ler auxilia as pessoas a se comunicarem melhor umas com as outras, de modo que não haja ruídos em relacionamentos interpessoais e se sobressaia a empatia.
É possível amadurecer ideias e interpretar melhor os fatos, aumentando assim o cabedal de conhecimento tácito, elemento fundamental em qualquer profissão.
Pensando na vida freelancer, quem adquire o salutar hábito da leitura consegue dominar o maior número de assuntos e produzir conteúdos realmente relevantes.
Quais são as motivações para ler?
Por mais que os professores e a família tenham importante papel na nossa média de leitura, isso não quer dizer que necessariamente lemos por obrigação durante a vida.
As motivações de leitura são bem subjetivas e variadas, dependendo muito da visão de mundo de cada pessoa, perspectivas de conquistas pessoais, curiosidade etc.
Você pode pegar um livro do economista Richard Thaler para aprender a gerir melhor seu dinheiro, por exemplo, ou mesmo entender sobre finanças comportamentais.
Ou talvez pense em uma leitura ficcional de Sidney Sheldon, Dan Brown, J. R. R. Tolkien e assim por diante, até mesmo para se desligar do mundo real.
Você pode ler livros de autoajuda, poesia, religião, esoterismo, assuntos técnicos, temas acadêmicos, romance, entre várias opções que correspondam ao seu gosto.
Quais são os principais empecilhos?
No entanto, ainda conforme a pesquisa, 47% dos brasileiros alegam que o maior problema de não ler tanto quanto gostaria é pela falta de tempo.
Claro que podemos colocar outros fatores nessa balança, tais como a preferência por outras atividades, falta de paciência, cansaço, preguiça e demais aspectos.
Evidente que não podemos esquecer também das taxas de analfabetismo no Brasil, bem como as condições de vulnerabilidade social, que geram tristes barreiras.
Pode ser que seja fácil para você ler algo no seu dia a dia, mas nem todos têm as mesmas condições ou oportunidades de ter um livro em mãos ou sinal de internet.
Da mesma forma que se discute bastante sobre a redistribuição de dinheiro na sociedade, como compartilhamos o nosso conhecimento com as demais pessoas?
Como aumentar a média de leitura?
A princípio, devo deixar claro que não existe uma “receita de bolo” para fazer você ler mais, mas apenas alguns singelos conselhos baseados na minha experiência de leitor.
Cabe a você discernir o que realmente pode funcionar na sua vida, levando em conta as suas experiências, aptidões, tempo, instrução e demais aspectos.
Pois bem, feito esse pequeno aviso, a primeira dica que dou é optar por livros com poucas páginas, pois eles servem de aperitivo para leituras mais densas.
Não queira competir com outras pessoas, pois todo mundo tem o seu próprio tempo e sabe muito bem o que é melhor para si, portanto, respire e se respeite.
Aprender a administrar o tempo é importantíssimo também, afinal, é um dos grandes princípios de produtividade e separar 15 a 20 minutinhos do seu dia não vai doer.
Siga as redes sociais de influenciadores que fazem resenha de livros, aproveite os momentos ociosos de filas ou transporte, participe de eventos e feiras de livros etc.
Além disso, contribua com a média de leitura de outras pessoas, unindo forças em campanhas sociais, doando livros que você já leu ou mesmo lendo para alguém.
Por fim, por mais que ainda não sejamos um país que sirva de exemplo quanto à média de leitura, podemos modificar essa estatística aos poucos e, com isso, gerarmos gerações mais conscientes de seus direitos e deveres.
O que achou das informações do texto? Quais livros você leu nos últimos três meses? Deixe o seu comentário no post para debatermos mais sobre o assunto!
