Você foi abastecer o seu carro no posto, ficou na revolta com o preço da gasolina e já fez até “textão” nas redes sociais? Por acaso você sabe como é formado esse valor?
Mesmo que você não dirija, a alta dos preços do petróleo impacta diretamente na sociedade, influenciando a vida de motoristas de aplicativos, caminhoneiros, restaurantes, mercados, residências e assim por diante.
Antes de pensar em vender um rim ou mexer nas suas reservas financeiras para abastecer seu carro, acompanhe a leitura e veja como o preço da gasolina é formado!
Afinal, como os combustíveis são produzidos?
Embora só conheçamos a gasolina em seu estado final, existe todo um processo produtivo que depende da capacidade técnica de vários profissionais envolvidos.
Além disso, utiliza-se diversas tecnologias de última geração nesse trâmite, tais como drones, submarinos não tripulados e recursos de inteligência artificial.
A partir da extração do petróleo, que é realizada em até 7 mil metros de profundidade, existem poços e equipamentos especializados para resgatar e tratar essa substância.
O petróleo é levado das plataformas às refinarias para passar por inúmeros processos físicos e químicos, cujas moléculas pesadas são quebradas em partes menores.
Esse procedimento de purificação e divisão das moléculas dá origem a vários produtos como a gasolina, o óleo diesel e o gás liquefeito — o popular gás de cozinha.
Depois de todo esse trabalho nas refinarias, os combustíveis são vendidos para as distribuidoras que, consequentemente, repassam os preços aos consumidores finais.
De que forma é composto o preço da gasolina?
Da mesma maneira que o dólar favorece as empresas exportadoras a venderem mais, o câmbio exerce seu impacto no preço do barril de petróleo.
Tendo em vista que os combustíveis são derivados do petróleo, a prática de preços nas refinarias segue a tendência dessa commodity nos principais mercados internacionais.
As oscilações desse produto podem ser acompanhadas por dois indicadores: o WTI (West Texas Intermediate), dos EUA, e o Petróleo Brent, do Reino Unido.
As distribuidoras compram a gasolina tipo “A” nas refinarias e a composição do preço leva em consideração cinco aspectos:
Nesse quebra-cabeça, vale ressaltar que o combustível tem 73% de gasolina A e 27% de etanol anidro, em conformidade com a Lei N° 8.723, de 1993.
Quanto aos tributos CIDE e PIS/COFINS, a incidência na comercialização do preço de gasolina A + etanol anidro é de R$ 0,8925 e R$ 0,1309 por litro respectivamente.
Já a alíquota do ICMS (Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e Prestações de Serviços) é diferente em cada estado, cujo cálculo fica:
Preço do produto/serviço x alíquota praticada no estado = Valor do ICMS
E quais são os percentuais nos casos do diesel e do gás de cozinha?
Semelhante ao preço da gasolina, as distribuidoras adquirem o diesel tipo “A”, que deve ser misturado com biodiesel, e revendem esse combustível transformado.
No caso do diesel, a fatia de realização da Petrobras é um pouco maior, mas ainda há custos de tributação, adição do biodiesel, distribuição e revenda.
Já o gás de cozinha é comprado pelas distribuidoras e revendido para os segmentos industriais, comerciais e residenciais, geralmente a granel, cilindros ou botijões.
Quando se trata da composição final do preço ao consumidor — que impacta na nossa alimentação — os tributos de PIS/PASEP e COFINS estão zerados.
No entanto, as parcelas da Petrobras e das distribuidoras correspondem a mais de 85% do preço do botijão de gás, baseando-se nos preços médios praticados pelo Brasil.
Em resumo, tanto o preço da gasolina quanto de outros combustíveis resultam de cinco cobranças específicas, cujos valores podem mudar conforme as oscilações do mercado, alíquotas tributárias e a lei de oferta e demanda.
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